Sunday, November 27, 2011

Comentário a uma ode de Horácio


Com o Tirreno eu sonhava
de uma varanda na praia,
enquanto o dia findava
como uma luz que se espraia

pela maré, pela duna
feita de areia e de lua
e que não se coaduna
com fala que não é sua.

Colheste o dia? Talvez.
Os anos por fim passaram.
E o Tirreno se fez
das palavras que sobraram.

2 comments:

  1. Todos, um dia, acabamos
    por nos fazermos das palavras
    que sobraram...
    Colhemos a vida? Quem sabe?
    Vivemos como pudemos,
    incertos do que não fizemos.

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  2. Muito obrigado pelas suas palavras, Helena.

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