Friday, September 30, 2011
A crise vista por Paul Jorion
On se souvient de la scène célèbre dans le film 2001 : Une Odyssée de l’espace, de Stanley Kubrick : le superordinateur d’un vaisseau spatial en a pris les commandes et tente d’expulser dans l’espace le dernier astronaute vivant. Tout se passe froidement et en silence car l’ordinateur n’agit pas par vengeance, ambition ou cruauté : il a simplement calculé que le facteur humain était devenu un obstacle à la réalisation optimale de son programme.
Dans 2001, Odyssée de l’Espace, l’astronaute survivant débranche le superordinateur. En 2011, à bord du vaisseau Spatial Terre, dans le grand laboratoire européen, rien de tel. Chacun est à son poste et applique le programme prévu. Et à toute vitesse, pour ne rien voir, ne rien penser, ne rien ressentir. S’arrêter ?
Thursday, September 29, 2011
Fala de um cristão-novo
Wednesday, September 28, 2011
Tuesday, September 27, 2011
O sol negro da melancolia
"Sapatos" Van Gogh
Sunday, September 25, 2011
O ceifeiro
Friday, September 23, 2011
Índia
Em frente à casa de Marcel Proust
Thursday, September 22, 2011
Memória de Julho
Porque me lembrei agora de um Verão às avessas, de San Sebastián sob a chuva de Julho, das belíssimas fachadas cinzentas que nos ocultavam a noite, da chuva fria contra os nossos passos?
Saudades do futuro
Wednesday, September 21, 2011
Ao tempo presente
Monday, September 19, 2011
Sunday, September 18, 2011
Leituras desgarradas
Un entretien a été annoncé pour lundi entre Evangélos Vénizélos, le ministre grec des finances et les représentants de la BCE, du FMI et de l’Union européenne, que la réunion gouvernementale d’Athènes d’aujourd’hui va préparer.
La corde est tendue au maximum, autour de quel cou va-t-elle au final se resserrer ?
(François Leclerc, no blog de Paul Jorion)
Camões, "Os Lusíadas"
Alemães, Galos, Ítalos e Ingleses,
Possam dizer que são pera mandados,
Mais que pera mandar, os Portugueses.
Leituras desgarradas
Excerto de um poema meu
Saturday, September 17, 2011
No Man is an Island (John Donne)
Entire of itself.
Each is a piece of the continent,
A part of the main.
If a clod be washed away by the sea,
Europe is the less.
As well as if a promontory were.
As well as if a manor of thine own
Or of thine friend's were.
Each man's death diminishes me,
For I am involved in mankind.
Therefore, send not to know
For whom the bell tolls,
It tolls for thee
Para quê poetas em tempos de indigência?
Friday, September 16, 2011
Camões, "Os Lusíadas"
"Passamos a grande Ilha da Madeira,
Que do muito arvoredo assim se chama;
Das que nós povoamos a primeira,
Mais célebre por nome do que por fama.
Mas nem por ser do mundo a derradeira,
Se lhe avantajam quantas vénus ama;
Antes, sendo esta sua, se esquecera,
De Cypro, Guido, Paphos e Cythera."
"Os Lusiadas", Canto V
Luis de Camões
Sunday, September 11, 2011
Sunday, September 4, 2011
Friday, September 2, 2011
Um poema de Manuel Bandeira
Manuel Bandeira
Um Tango
Regresso ao real
Enquanto para Hayek a recuperação exige a liquidação de investimentos excessivos e um aumento das poupanças dos consumidores, para Keynes consiste na redução da propensão para poupar e no aumento do consumo para manter as expectativas de lucros das empresas. Hayek exige mais austeridade, Keynes mais gastos.
Temos aqui uma pista para perceber porque Hayek perdeu a sua grande batalha com Keynes nos anos 30. Não foi apenas porque a política de liquidação dos excessos fosse politicamente catastrófica: na Alemanha, levou Hitler ao poder. Como Keynes sublinhou se todos – famílias, empresas e governos – começarem a tentar aumentar as suas poupanças ao mesmo tempo, não há forma de evitar que a economia caia até que as pessoas sejam demasiado pobres para poupar.
Foi esta falha no raciocínio de Hayek que levou a maioria dos economistas a desertar do campo de Hayek e a abraçar as políticas de “estímulo” keynesianas. Como o economista Lionel Robbins lembrou: “Confrontados com a dura deflação desses dias, a ideia de que o essencial era eliminar os investimentos errados e… fomentar a disponibilidade para poupar era… tão desadequada como negar cobertores e estimulantes a um bêbado que tivesse caído num lago gelado, afirmando que o seu problema inicial era o sobreaquecimento”.
Excepto para os fanáticos de Hayek, parece óbvio que estímulo global coordenado de 2009 impediu que o mundo caísse noutra Grande Depressão. Não há dúvida que o custo para muitos governos de resgatar os seus bancos e de evitar o colapso das suas economias prejudicou ou destruiu a sua capacidade de crédito. Mas é cada vez mais reconhecido que medidas de austeridade no sector público, em alturas de gastos reduzidos no sector privado, leva a anos de estagnação ou provoca mesmo um novo colapso.
Assim, a política tem que mudar. Pouco se pode esperar na Europa. A verdadeira questão é se o presidente Barack Obama tem o que é necessário para ser um novo Franklin Roosevelt.
Para evitar novas crises da mesma dimensão, os Keynesianos proporiam o reforço das ferramentas de gestão macroeconómica. Os Hayekianos, por seu lado, não têm nada sensato a propor.