Ora bem : outro dia, tinha eu acabado um destes posts mais eruditos, com citações para deslumbrar os meus escassos leitores, quando uma grave dúvida me veio abalar - o Eliot, esse, o T.S., tinha escrito irreal city ou unreal city?
Se o Google não existisse eu teria tido que:
- descer do quarto à estante da poesia
- procurar o volume das obras completas do Eliot na desordem dessa estante
- encontrar o verso (da Waste Land, claro, diz o sábio leitor, mas eu não me lembrava então se era dali ou dos Four Quartets)
- irritar-me por não encontrar o verso
- acabar por encontrar o verso
- tornar a subir as escadas para o quarto e voltar ao computador
Nada disso : fui ao Google, "Eliot", "unreal city", um clique - e aí vem a Waste Land e o nevoeiro londrino e a festa toda...
Nesse caso, meu caro Paulo:
- a preguiça foi essencialmente física
- a imbecilidade estará, quando muito, em não me ter lembrado de qual o poema em que se insere o verso do Eliot; reconheço que é uma falha, mas há imbecilidades piores
- perdi talvez em não ter folheado uma vez mais o livro com as obras do Eliot, encontrando versos e brilhos aqui e ali : mas pude escrever mais depressa o meu post!
E viva o Google!
Delicioso post.
ReplyDeleteE não acredito, de todo, que o Paulo não utilize o Google. Por mim, se a ele não recorresse, seria bem mais ignorante do que sou. Acredito, contudo, que fosse mais feliz...
:))
viva!
ReplyDeleteMaravilhoso! Mas entre "- acabar por encontrar o verso e - tornar a subir as escadas para o quarto e voltar ao computador" faltou "- passar a noite em claro relendo Eliot"...
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