como se todos os outros dias fôssemos movidos e não motores,
consequências e não causas,
personagens dos corredores da "Metropolis" de Fritz Lang,
a alienação quando na cidade passava
e era inverno.
Nós reflectimos cada dia,
mesmo que não reparem,
ou que só reparem se fizermos muito barulho,
o que prejudica sem dúvida a reflexão.
A reflexão é a música que cresce na nossa decisão,
mas que se perde na cacofonia dos possíveis.
A reflexão é o braço estendido a apontar para ti
e a resposta que para sempre esperarás de mim.
Não precisamos hoje de reflectir: precisamos
de erguer a voz, mesmo que incerta,
para sermos ouvidos.
Precisamos
de uma pequena luz bruxuleante,
precisamos de uma música que virá.
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