Sunday, March 15, 2009

Eu e a Índia

Só o que é diferente de nós, só o que nos é fundamentalmente alheio, pode estimular neste nosso vício comum que é a alma a força da sedução: não o amor, não a identificação grata e ternamente desfocada do amor; falo aqui da sedução.
Todo o orientalismo foi uma história de sedução, de que não sabemos mais quem foi o sedutor e o seduzido, porque as relações de poder não explicam tudo.
Como todas as grandes sedutoras, a Índia não quer ostensivamente seduzir.Como dizia o poema sânscrito, não é o seio nu que mais te provoca, é antes o véu que o deixa entrever...

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