Nestes últimos dias na Índia, algumas coisas inesperadas estão a suceder na nossa vida quotidiana.
O reflexo normal de procurar um livro para uma referência ou citação depara com a parede vazia, estando os livros já dentro dos caixotes, à espera do contentor. Nem sempre a internet supre a falta (tinha razão um amigo com quem discuti há tempos as vantagens do Google sobre a busca directa nos livros). Reduz-se a vida intelectual aos poucos livros que apressadamente se guardaram para estes tempos de indigência.
Isso leva a lê-los com maior cuidado e vagar, porque a escassez aguça a atenção. Finalmente leio o excelente "Os Despojos da Aliança" de Pedro Aires de Oliveira, o magnífico "Salazar" de Filipe Ribeiro de Menezes e treino a minha futura actividade diplomática num útil livro que os meus filhos me ofereceram no Natal: "Manifester à Paris".
O frio em Deli (12º de máxima, 4º de mínima) excedeu já o de Genebra e de Paris, tendo nós aqui o mesmo modelo de aquecimento que reinava nos invernos portugueses de há uns anos atrás : casas geladas, abertas aos quatro ventos "para arejar", com uns pobres aquecedores eléctricos de dimensões mínimas espalhados pelo espaço máximo. Fechamo-nos em dois quartos mais pequenos (o "bunker 1" e o "bunker 2") e abandonamos aos ventos as salas maiores.
Resta-nos, para as poucas noites em que não temos jantares de despedida, o nosso amigo Dr. House...
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