Que aprendemos?
Que escondemos?
Que fizémos
com a lei?
Porque fomos
mimos, momos
nesta sede
de perder?
Que guardamos?
Seda fina,
lã desfeita,
jóia acesa
em corpo nu?
Que trouxémos
donde vimos?
Cravos, tragos
de outro mar?
Um poeta
na miséria
vende versos
a El Rei:
vivo engenho,
fera arte,
nobres coisas
de que eu sei.
O pirata
missionário
do que soube
não mentiu:
peregrino
de outra parte
teve a arte
do que viu.
O portuga
não precisa
de ter lições
do Brasil:
já fizémos
dom à Índia
até mesmo
do caril!
O pirata
trouxe aos mares
o arejo
ocidental:
ingleses
e holandeses
vieram tirar-nos
do Mal!
Que Calvino
vos proteja
e a Britannia
bem vos reja!
O pirata
deita a rede
na areia
- adormeceu!
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Excelente.
ReplyDeleteExperimentei trautear e funciona.
Porque não fazes o libretto de uma "Ópera dos três cêntimos" (os vinténs foram à vida).
E os euros, por este andar...
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