É sempre longe da margem de cá
e das nossas construções precárias
que se passa a verdadeira vida:
ali onde se troca a moeda da morte
ou simplesmente se escuta a voz grave
do barqueiro
a anunciar-nos o destino.
Mas nós ficamos na margem,
teimosamente do lado de cá.
Não nos despedimos da vida:
ela nos busca
e nos troca, se quiser.
E olha que eu estava conseguindo ir dormir relativamente cedo, mas aí caí aqui e encontrei tanta coisa nova, interessante e bonita que pronto, já passa das cinco e meia e continuo...
ReplyDeleteQueria deixar comentários em tudo o que li, mas ficaria ridículo, porque seria um não-acabar de "Maravilhoso!", "Lindo!", "Exatamente!". Então, resumindo:
-- Os poemas estão extraordinários, de verdade. Em especial a série da Canção do Exílio, muito tocante.
-- Concordo com a teoria do deslocamento do eixo do mundo as we know it. Talvez seja uma volta que se completa, não? ainda que não em pontos GPSicamente precisos.
-- Adorei o insight sobre Benares, que resume essa estranheza que a gente sente em relação à religião na India. E fiquei contentíssima em saber que vocês gostaram de lá, embora não tivesse dúvidas quanto a isso.
No mais, só uma saudade muito grande de vocês e da India. Aproveitem bem o frio!