FONTE
Suspende um pouco o escorrer das palavras
entre as pedras: nenhum rio desponta
destes matos e pedregais onde a memória
nada encontra para contar.
Às vezes debrucei-me a ouvir as tuas histórias,
mas tudo eram paisagens fingidas, a cal cobria as pinturas
dos frescos deixados nos muros, toda a épica
de que te rias, campos fora.
A minha vida, dizes? Meu pai ergue uma pedra ao alto
e joga-a para longe, as montanhas estremecem,
mas logo tudo regressa a uma impossível
serenidade.
Os mosaicos escondidos sob a terra fértil.
A fonte da poesia é a história que nunca contámos.
Nunca contámos. Como se alguém
nos pudesse ouvir.
Suspende um pouco o escorrer das palavras
entre as pedras: nenhum rio desponta
destes matos e pedregais onde a memória
nada encontra para contar.
Às vezes debrucei-me a ouvir as tuas histórias,
mas tudo eram paisagens fingidas, a cal cobria as pinturas
dos frescos deixados nos muros, toda a épica
de que te rias, campos fora.
A minha vida, dizes? Meu pai ergue uma pedra ao alto
e joga-a para longe, as montanhas estremecem,
mas logo tudo regressa a uma impossível
serenidade.
Os mosaicos escondidos sob a terra fértil.
A fonte da poesia é a história que nunca contámos.
Nunca contámos. Como se alguém
nos pudesse ouvir.
Alcipe este tive que o ler várias vezes. Tem uma qualquer dureza que não sei explicar!
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