Wednesday, August 14, 2013

Soneto funcionario

Agente que sou vil do desperdício,
funcionário sem rosto e sem vergonha,
pior que lama reles, meretrício,
redundância fatal que nem se sonha

nos piores pesadelos das Finanças,
imagem que o desprezo fez profundo,
como lixo deixado das mudanças
ou esgoto a escorrer de um torvo mundo,

recuso-me a pensar por vossas mentes,
olhais-me e eu sou so indiferença,
e meus actos se fazem mais ausentes
a medida que o ódio em mim pensa.

Este foi o soneto funcionário
que escreveu um poeta panfletário!


1 comment:

  1. o grande desprezo por essas mentes, mas é correcto mostrar indiferença, mesmo ausencia, e vejo que funcionário é como adejtivo, que diria camões (ou outro) se lesse este soneto?
    certamente que o percebia imediatamente tal como newton perceberia einstein com quem trocaria impressões, mas quem diz camões diz bocage ou sá de miranda, albuquerque luisa maria não, maduro poiares igual igual, ficamos então no soneto funcionário, o poeta tambem pode ser um funcionário,acontece, o funcionário cansado,farto etc etc

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