Sunday, October 27, 2013

Da poesia e do comer e beber: a estranheza de um amigo

Sobre Chez Yvonne e o Procópio

Pensava eu, Luís
Que não curavam os poetas
De coisas vis
Como viandas e outras tretas
Com que os comuns mortais
Enchem o terreal bandulho.
Vejo-te, afinal, preocupado
Com Yvonnes e outras que tais,
Questões prosaicas, entulho
De que o espírito não abdica
Mas que o nauseiam.
E nem o Procópio e seus comensais
Ou a conversa elegante que praticam
Diminuem o meu infantil desgosto
Por ver o gastro assim exposto.
 

ANTÓNIO RUSSO DIAS

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