Thursday, May 29, 2014

Como aumentar os abstencionistas, os euro-cépticos e os euro-fóbicos

Disseram-vos, durante a campanha para estas eleições europeias, que iriam escolher o novo Presidente da Comissão? Que, na sequência do vosso voto, teriam como Presidente da Comissão (ou como candidato natural a pedir uma maioria no Parlamento Europeu para vir a ser eleito Presidente da Comissão) o "Spitzenkandidat" (agora fala-se assim, desculpem) designado por cada uma das famílias políticas europeias? O Juncker, que veio a Portugal fazer-nos revelações sobre Cristóvão Colombo, o Schulz, que veio a Portugal comer sardinhas assadas, o Tsipras, que veio a Portugal a um encontro promovido pelo Francisco Louçã, o José Bové e a Ska Keller, que não vieram a Portugal porque não têm cá família política, o Guy Verhofsdat, que também não veio pelas mesmas razões…

Qual o quê! Se lessem os tratados, saberiam que a designação do Presidente da Comissão (que depois irá ser eleito ou não pelo Parlamento Europeu) cabe, em primeira instância, ao Conselho Europeu, que reúne os chefes dos governos dos 28.  O Conselho Europeu designou para já um mediador para encontrar o melhor candidato.  O que significa que não vai ser Jean-Claude Juncker, o líder designado pela família política europeia mais votada, quem vai ser apresentado a votos ao Parlamento Europeu, mas alguém que a Sra. Merkel consiga fazer aceitar ao "europeísta" Cameron e ao "democrático" Orbán (principais opositores a Juncker no PPE), entre outros...

Consta que a Sra. Merkel já sondou para o lugar a Sra. Christine Lagarde, cuja experiência no FMI a valoriza grandemente para estas funções.

Para que andaram esses senhores a incomodar-se com o Colombo e com as sardinhas?

E, perante isto, que irá fazer este Parlamento Europeu?

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