Thursday, August 16, 2012

O fado da Função Pública


Que fazemos nós?
Nada produzimos!
Um balanço atroz
de barco nos limos.

Que fazemos nós
para aqui deitados?
Não temos mais voz,
só a dos mercados.

E vemos a banca
espargir riqueza
em quantia tanta
que reluz na mesa.

E as mercearias
de gente de bem
além de ser finas
dão moral também.

Que faremos nós,
os tansos da vida? *
Ficaremos sós,
com ração medida.


*os tansos fiscais  (Leonardo Ferraz de Carvalho)

2 comments:

  1. sai bem tratada? mal tratada? o funcionário publico reconhece-se no texto? os das finanças são retratados? poema curioso, com cadencia e ritmo, com conteudo mais complicado

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  2. Ó...!???

    Função pública,omisso,o que é tão claro
    É Onde está o amo e a quem servimos...
    E o desejo de servidão também avaro
    Esgota-nos tanto que hibernamos dormimos

    Tréguas? Seriedade, gestão política?
    Como,quando somos o amo e servidor
    Asfixiados nesse sem poder da crítica,
    prisioneiros nas mansardas desse criador

    Depois é...Atavismo, simplesmente impera
    com a displicência de quem nada espera
    seca a garganta esmorece a vontade

    flutuamos, rotina, deixamos quem não sabe
    Que "função pública" é deles e de todos nós equidade, respeito, estar na multidão...Sós

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