Monday, September 1, 2014

Poema dos alicerces de Baku, prometido ao Carlos Albino

O mausoléu do Xa Sirvan
e igual a tantos túmulos mogois que visitei na Índia.
E as delicadas miniaturas que vejo no museu
são em tudo semelhantes
as que vi na Índia do norte.
Mas já a sepultura do santo sufi me lembra o mosteiro
que existiu  na falésia da Arrifana, no Algarve mouro,
e as ruínas que ficaram do hamman
neste palácio imperial, destruído pelo Czar de Todas as Russias
do antigamente,
vem lembrar-me os alicerces mouros de Loule destruídos pelos reis cristãos
e pelos tremores de terra, que ajudam muito
a renovar as civilizações e a limpar as culturas
(tal como as guerras).

Rumi disse " viemos ao mundo para unir, não para dividir".
Mas a beira do mar de Azov preparam-se para continuar a dividir
até a ultima gota de sangue. Aqui e como se estivéssemos longe.
Bebemos bom vinho do pais
e as raparigas passeiam pela avenida de cabeça erguida
e cabelo descoberto, só as turistas turcas e iranianas andam de véu
e pouco se fala aqui da guerra dos russos,
pois jorra o petróleo, o petróleo sobe mais a cabeça
do que o vinho neste pais.
Eu queria falar em alicerces, tinha prometido a um amigo,
mas acabei a olhar para as suaves e firmes raparigas
do Azerbaidjao
e a sonhar com guerras e impérios.
Deus me perdoe...














1 comment:

  1. Rumi disse " viemos ao mundo para unir, não para dividir".

    Há séculos que se revira no túmulo...

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